O artesanato como força transformadora
- Instituto Inovação Sustentável
- Aug 27
- 2 min read
Falar sobre o artesanato é falar sobre vidas que se renovam. Ao longo da minha trajetória à frente da WR São Paulo, o que mais me emociona não é apenas ver o talento exposto nas bancadas e estandes das nossas feiras, mas perceber, nos olhos de cada artesã e artesão, a força de um saber que transforma. Porque o artesanato é isso: mais do que produto, é processo. E mais do que técnica, é pertencimento, é autoestima, é autonomia.
Quando uma pessoa aprende a criar com as próprias mãos, algo dentro dela se reorganiza. O fazer artesanal conecta mente e corpo, acalma, ensina a persistir e a observar o tempo das coisas. Psicologicamente, é uma prática de cura e equilíbrio. Economicamente, é uma porta aberta para o empreendedorismo, especialmente para mulheres que, muitas vezes, encontram nesse caminho a possibilidade de gerar renda, sustentar a família e conquistar a própria liberdade. Já do ponto de vista educacional, o artesanato carrega uma sabedoria ancestral e também promove inovação: quem faz artesanato está sempre aprendendo, trocando e reinventando.

É por isso que acredito tanto no papel do artesanato como força de desenvolvimento humano e econômico. Quando promovemos uma feira como a Mega Artesanal, a Artesanal Sul, a Artesanal Centro-Oeste ou a Criativa Campinas, não estamos apenas organizando um evento. Estamos impulsionando sonhos, criando oportunidades de visibilidade, promovendo cursos e atividades que capacitam e inspiram. Estamos fazendo o Brasil acontecer com as mãos.
É nessa crença profunda no poder do fazer manual que nasce também uma aliança poderosa: a parceria entre o artesanato e a ONG Mensageiros da Esperança. Quando somamos o conhecimento técnico e criativo do setor artesanal ao trabalho social desenvolvido por essa organização, o impacto se multiplica. Essa união mostra, na prática, como o artesanato pode ser mola propulsora de um mundo mais justo e acolhedor — um mundo em que mãos que antes estavam paradas por falta de oportunidades agora produzem, criam, sustentam e se reconhecem como parte essencial da sociedade. Trata-se de um caminho real de transformação, em que a força do coletivo e a valorização do saber fazer constroem pontes para um futuro mais humano e possível para todos.
— Rita Mazzotti
Diretora da WR São Paulo



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